A qualidade da administração pública depende em grande parte da qualidade dos seus dirigentes. Nesse contexto, e mau grado todo o debate que tem existido em torno de um conceito ambíguo como “reforma do Estado”, inequivocamente que é condição necessária, mas não suficiente de qualquer reforma, a melhoria da seleção e da qualidade do seu pessoal dirigente.
Neste relatório da autoria de Paulo Trigo Pereira e Luís Filipe Mota Almeida, ir-se-á contextualizar o modelo da CReSAP, à luz desta reflexão teórica, de outras experiências e análises nacionais e internacionais, e proceder a uma reavaliação da sua função no contexto da seleção de pessoal dirigente e finalmente apresentar algumas sugestões de vias que, tendo em conta os valores essenciais de serviço público, visam assegurar a melhoria de um modelo que já está em condições de ser avaliado e aperfeiçoado.