A Inteligência Artificial Generativa (IA Gen) tornou-se um fenómeno global no final de 2022 com o lançamento público do ChatGPT. No contexto do ensino superior, professores, alunos e administradores rapidamente perceberam o potencial destas ferramentas, como chatbots, na educação. Embora alguns tenham previsto o fim do ensino tradicional, outros viram o potencial transformador da IA Gen em melhorar a educação.
A IA Gen pode resumir materiais educativos, ajudar os professores a preparar aulas e avaliar exames, além de reorganizar currículos com base em dados de alunos. No entanto, vai além de organizar e resumir informações: gera novo conteúdo em várias formas, como texto, imagem, vídeo ou som, utilizando tecnologias de modelos de linguagem (LLMs). Estas ferramentas, como o ChatGPT da OpenAI, o Gemini da Google e o Copilot da Microsoft, estão a revolucionar o ensino superior. Outras IA, como “big data”, também contribuem, analisando grandes conjuntos de dados para melhorar a compreensão de questões como o abandono escolar ou desigualdades educacionais.
No entanto, o uso da IA Gen também traz riscos, como abusos. É crucial evitar o seu uso indevido e garantir que melhore o desempenho de alunos e professores. A União Europeia e outras organizações internacionais (OECD, UNESCO) já publicaram diretrizes e regulamentos para a sua utilização responsável no ensino superior.
Este relatório analisa o impacto da IA Gen em três dimensões principais: educadores, alunos e instituições de ensino superior. Embora a evolução da IA seja imprevisível, o relatório aborda as oportunidades e riscos associados, destacando a importância da integridade académica e os desafios como o plágio. Além disso, levanta questões críticas sobre a missão das instituições de ensino, o papel dos professores, as mudanças nas técnicas de avaliação, e a proteção de dados dos alunos.